21 de dezembro de 2012

Bento XVI pede que os jovens não tenham medo de seguir o Senhor Jesus na vocação sacerdotal




VATICANO, 15 Dez. 12 / 02:42 pm (ACI).- Em sua mensagem com motivo da próxima celebração da 50ª Jornada Mundial de oração pelas vocações, o Papa Bento XVI exortou os jovens de todo o mundo a não terem medo de seguir Jesus nem de percorrer com intrepidez os exigentes caminhos da caridade e do compromisso generoso.

A Jornada Mundial de oração pelas vocações se realiza no dia 21 de abril de 2013, IV Domingo de Páscoa, e terá como tema “As vocações, sinal da esperança fundada na fé”, e no marco do Ano da Fé e o 50 aniversário do início do Concílio Ecumênico Vaticano II.

O Santo Padre assinalou aos jovens em sua mensagem que, ao seguir Jesus, “serão felizes de servir, serão testemunhas daquele gozo que o mundo não pode dar, serão chamas vivas de um amor infinito e eterno, e aprenderão a dar razão de sua esperança”.

O Papa remarcou que é necessário para as vocações “crescer na experiência de fé, entendida como relação profunda com o Jesus, como escuta interior de sua voz, que ressona dentro de nós”.

Bento XVI indicou que a oração constante e profunda faz crescer a fé da comunidade cristã na certeza de que Deus nunca abandona o seu povo e o sustenta suscitando vocações especiais ao sacerdócio e à vida consagrada, para que sejam sinais de esperança para o mundo.

O Santo Padre afirmou que “Também hoje, como aconteceu durante a sua vida terrena, Jesus, o Ressuscitado, passa pelas estradas da nossa vida e vê-nos imersos nas nossas atividades, com os nossos desejos e necessidades”.

“É precisamente no nosso dia-a-dia que Ele continua a dirigir-nos a sua palavra; chama-nos a realizar a nossa vida com Ele, o único capaz de saciar a nossa sede de esperança. Vivente na comunidade de discípulos que é a Igreja, Ele chama também hoje a segui-Lo. E este apelo pode chegar em qualquer momento. Jesus repete também hoje: «Vem e segue-Me!» (Mc 10,21)”.

“Para acolher este convite, é preciso deixar de escolher por si mesmo o próprio caminho. Segui-Lo significa entranhar a própria vontade na vontade de Jesus, dar-Lhe verdadeiramente a precedência, antepô-Lo a tudo o que faz parte da nossa vida: família, trabalho, interesses pessoais, nós mesmos. Significa entregar-Lhe a própria vida, viver com Ele em profunda intimidade, por Ele entrar em comunhão com o Pai no Espírito Santo e, consequentemente, com os irmãos e irmãs. Esta comunhão de vida com Jesus é o «lugar» privilegiado onde se pode experimentar a esperança e onde a vida será livre e plena”, assinalou.

Bento XVI indicou que a resposta de um discípulo de Jesus para dedicar-se ao sacerdócio ou à vida consagrada é um dos frutos mais amadurecidos da comunidade cristã, que ajuda a olhar com particular confiança e esperança ao futuro da Igreja e a sua tarefa de evangelização.

Esta tarefa, disse o Santo Padre, sempre necessita de novos operários para a predicação do Evangelho, a celebração da Eucaristia e o sacramento da reconciliação.

FONTE: http://acidigital.com/noticia.php?id=24621 (grifo meu)

3 de dezembro de 2012

Sobriedade e oração para viver o Advento

     Cidade do Vaticano (RV) – Sobriedade e oração: foi o que pediu Bento XVI durante a oração do Angelus este domingo, na Praça S. Pedro, para viver o período do Advento.

     Hoje a Igreja inicia um novo Ano litúrgico, um caminho que é enriquecido ainda mais pelo Ano da Fé, 50 anos depois da abertura do Concilio Ecumênico Vaticano II. A primeira etapa deste itinerário é o Advento, explicou o Papa, formado no Rito Romano pelas quatro semanas que precedem o Natal do Senhor, ou seja, o mistério da Encarnação.

     A palavra «advento» significa «vinda» ou «presença». Na linguagem cristã, refere-se à vinda de Deus, à sua presença no mundo; um mistério que envolve inteiramente o cosmo e a história, mas que conhece dois momentos culminantes: a primeira e a segunda vinda de Jesus Cristo. A primeira é justamente a Encarnação; a segunda é o retorno glorioso no final dos tempos.

      Esses dois momentos, que cronologicamente estão distantes – e não sabemos quanto –, se tocam profundamente, porque com a sua morte e ressurreição Jesus já realizou aquela transformação do homem e do cosmo que é a meta final da criação. Mas antes do fim, o desígnio de salvação de Deus requer continuamente a livre adesão e colaboração do homem.

     Nas leituras deste domingo, no Evangelho de Lucas Jesus traça a linha de conduta a seguir para estarmos prontos à vinda do Senhor: «Cuidado para que os vossos corações não fiquem pesados pela devassidão, pela embriaguez e pelas preocupações da vida … ficai acordados orando em todo momento» (Lc 21,34.36).
  
     “Sobriedade e oração”, resume o Papa. Em meio aos turbamentos do mundo, ou aos desertos da indiferença e do materialismo, os cristãos acolhem de Deus a salvação e a testemunham com um modo diferente de viver. A comunidade dos fiéis é sinal do amor de Deus, da sua justiça que já está presente na história, mas ainda não foi plenamente realizada, e portanto deve ser sempre aguardada, invocada, buscada com paciência e coragem.
Nossa Senhora encarna perfeitamente o espírito do Advento, feito de escuta de Deus, de desejo profundo de fazer a sua vontade, de alegre serviço ao próximo. “Deixemo-nos guiar por Ela, para que o Deus que vem não nos encontre fechados ou distraídos, mas possa, em cada um de nós, estender um pouco o seu reino de amor, de justiça e de paz.”

Fonte: NEWS.VA

"Deus não é uma inteligência matemática; é uma realidade em nossa vida"

     Cidade do Vaticano (RV) – Nesta chuvosa quarta-feira de outono, o encontro semanal do Pontífice com os fiéis se realizou na Sala Paulo VI, no Vaticano. Como é tradição, o Papa leu a sua reflexão em italiano, e na sequência, resumiu o texto em várias línguas. Prosseguindo a série sobre o Ano da Fé, a questão principal da audiência foi “Como falar de Deus no mundo de hoje?”.

     "Deus não é uma hipótese distante sobre a origem do mundo; não é uma inteligência matemática que está longe de nós. O amor de Deus por nós é infinito e eterno, e a fé cristã é uma resposta aos anseios mais profundos do coração humano” – começou Bento XVI. "Comunicar Jesus Cristo aos homens e mulheres do nosso tempo significa dar testemunho silencioso e humilde do núcleo da mensagem do Evangelho".

     O Papa sugeriu imitar o modo de agir de Deus, mas ressalvou que “falar de Deus requer um crescimento na fé, familiaridade com Jesus e seu Evangelho; uma vida de fé e caridade”. “A família é um lugar privilegiado para a transmissão da fé às novas gerações. Em clima de escuta e de diálogo, cada membro deve ser para o outro um sinal do amor de Deus. Falar de Deus é comunicar-se com alegria, força e simplicidade” – lembrou.

     “Assim, em nossas vidas, com nossas famílias, com nossos filhos, poderemos manifestar este mesmo amor de Cristo, estando atentos a todas as necessidades, aos anseios mais profundos, para poder dar uma resposta de esperança à humanidade”.

     Em português, o Papa usou as seguintes palavras:
     “O anúncio que leva ao encontro com Deus-Amor, revelado de modo único em Jesus crucificado, é destinado a todos: não há salvação fora de Jesus Cristo. Como podemos falar de Deus hoje? O Ano da Fé é ocasião de buscar novos caminhos, sob a inspiração do Espírito Santo, para transmitir a Boa Nova da salvação. Neste sentido, o primeiro passo é procurar crescer na fé, na familiaridade com Jesus e com o seu Evangelho, aprendendo da forma como Deus se comunica ao longo da história humana, sobretudo com a Encarnação: através da simplicidade. É necessário retornar ao aspecto essencial do anúncio, olhando para o exemplo de Jesus. N’Ele, o anúncio e a vida se entrelaçam: Jesus atua e ensina, partindo sempre da sua relação íntima com Deus Pai. De fato, comunicar a fé não significa levar a si mesmo aos demais, mas transmitir publicamente a experiência do encontro com Cristo, a começar pela própria família. Esta é um lugar privilegiado para falar de Deus, onde se deve procurar fazer entender que a fé não é um peso, mas uma profunda alegria que transforma a vida.
     Uma saudação cordial a todos os peregrinos de língua portuguesa, com votos de serem por todo o lado zelosos mensageiros e testemunhas da fé que vieram afirmar e consolidar neste encontro com o Sucessor de Pedro. Que Deus vos abençoe! Obrigado!”.

Fonte: NEWS.VA