5 de abril de 2013

Vocação do jovem na Igreja: Roteiro para discussão do tema


1. O jovem é cheio de vida, disposição e energia. Arrisca-se, é motivado e não tem medo de acertar. Quando ficamos mais velhos, relembramos todas as coisas e aventuras que fizemos na juventude. Gostamos de ouvir nossos pais e avós contarem suas aventuras, quando eram jovens. Admiramo-nos com isso.
2. O que acontece com a energia do jovem? Por que muitos jovens não têm disposição para os ofícios da Igreja? Por que são “forçados” a participar da catequese, ir à missa? Por que o jovem, após crismar, tão dificilmente vai à Igreja por sua própria iniciativa? Por que se afasta da Igreja?
3. É necessária a participação no catecismo, e a participação do jovem não se encerra com o sacramento da Confirmação. Esta é a hora em que o jovem precisa mais do alimento, como precisa o corpo. 
4. Há diversos convites para deixar a Igreja. Por que os jovens buscam outras igrejas ou religiões? Buscam prazeres e alegrias, impulsionados pelo imediatismo, atrativos. Porém, as coisas do mundo passam. Quando terminar a música, a dança e o barulho, o que acontece com o jovem que deixou a Igreja?
5. Somente se ama aquilo que se conhece. O jovem somente amará a Igreja à medida que conhecê-la, sentindo-se, igualmente, amado e acolhido. O jovem deve conhecer a riqueza e a tradição da Igreja. Deve o jovem, desde pequeno, amar a Igreja e o Sacrifício da Cruz.
6. A Igreja não prega/anuncia a prosperidade e as facilidades; prega/anuncia a Cruz. 
7. Destacar como o jovem cristão “ideal” se parece com cada um. O jovem cristão “ideal” pode se tornar real.
8. Há no mundo o culto ao ídolo. Os jovens, em particular, se espelham em modelos, ídolos. O maior modelo da juventude cristã é Jesus Cristo e todos os santos.
9. Demonstrar a virtude de jovens santos: São Domingos Sávio, Santa Maria Gorete, São João Bosco.
10. Exclamar, como Santo Agostinho: “Se ele sim, por que eu não?”
11. Muitas vezes, os jovens pensam que a vida na Igreja é triste e sem vida. Acontece, frequentemente, duas coisas com os jovens: ou continuam na Igreja, mas raramente dela participam (católicos de nome, não de fato); ou deixam a Igreja e ingressam em outras denominações religiosas.
12. Muitos lugares são como refúgios para os jovens. São atraídos por atrativos, por algumas aparências de cristianismo. A verdadeira força, a verdadeira felicidade somente é alcançada com uma autêntica vida de Igreja, com participação nos sacramentos e vida interior.
13. A vida na Igreja não é triste nem cansativa; é alegre, festiva e suave. Na Igreja está a verdadeira felicidade e, assim, deve-se desmentir o engano comum de que a devoção é cansativa para a juventude. Deve-se servir ao Senhor com alegria. Falta alegria porque falta graça.
14. A autêntica juventude católica é cheia de viva esperança, manifestando ao mundo a alegria de seguir Cristo. Não se deixa influenciar pelas mazelas de nosso século, mas é, ao contrário, exemplo e testemunho de vida repleta de virtudes. As virtudes, entretanto, não eliminam os desafios, as dificuldades, os perigos e as tristezas. Nestes momentos, Deus confere a graça para se superar as tribulações.
15. Exemplo da muleta. Uma pessoa que utiliza “muletas” para caminhar somente caminha porque se vale deste auxílio. Caso se retire esta ajuda, a pessoa cai. Assim, há muitas obras no mundo de hoje que atraem as pessoas – sobretudo os jovens –, recebem aplausos, têm títulos de locais de milagres e de piedade. Mas poucos resultados obtêm, pois não irradiam a verdadeira fé. Se se retirar tais meios que atraem as pessoas – que são como muletas – a obra logo fica sem vida.
16. Somente é possível caminhar verdadeiramente quando se tem forças. A força, que sustenta o jovem cristão na caminhada, vem somente de uma intensa vida interior, de relação íntima com Deus.
17. Os jovens devem desenvolver em suas almas sede da Eucaristia; se tornar apóstolos com os seus companheiros – apóstolos francos, dedicados, ardentes, varonis, sem medo de cair. São o fermento da massa.
18. A vida de Igreja faz com que o jovem se torne ouro puro. O jovem, ao invés de buscar “refúgios” fora Igreja, na medida em que viver o amor de Cristo, terá uma vida mais autêntica, santa e feliz e, nessa proporção, será inflamado o amor à própria vida.
19. Deus ama de modo especial os jovens, porque estão ainda em tempo de fazer muitas boas obras; ama-os porque estão em uma idade sensível, humilde e inocente. Quantas são as vezes e ocasiões que os jovens perdem sua inocência?
20. Posto que o Senhor ama tanto a juventude, não deveriam os jovens formular um firme propósito de corresponder-lhe, fazendo tudo quanto lhe agrada e procurando evitar o que poderia desgostar-lhe?
21. O jovem cristão deve compreender que a vida de Igreja será consequência/resultado do empenho que dedicam na atualidade. É necessário, assim, animar os jovens para começar a prática das virtudes, pois terão um coração alegre, contente e experimentarão quão doce e agradável é servir ao Senhor.



Vida de Igreja:

Vida mais sublime: a vida de Igreja é uma vida mais sublime, pois, mesmo as pessoas estando ocupadas com seus trabalhos, estudos, etc., não retiram o olhar das verdades de Deus. Uma pessoa fora da Igreja se entrega a vários trabalhos e cansaços, pouco resultado obtendo. Já uma pessoa inserida na Igreja, pela caridade, trabalha e não se cansa. Contemplando e amando Deus, tudo vê, tudo compreende e tudo abarca.

Vida mais segura: há menos perigos nesta vida. No mundo, a alma se agita, dispersa suas energias e se debilita, pouco ou nada fazendo. “Marta, Marta, andas inquieta – disse o Senhor – e perturbada com muitas coisas; mas uma só é necessária” (Lc 10, 41-42). Há aqui um tríplice defeito: andas inquieta, referindo-se às inquietações do pensamento; perturbada, referindo-se às perturbações provenientes das afeições; com muitas coisas, originadas das diversas ocupações, muitas vezes sem sentido. Mas uma só é necessária: a união com Deus. O resto é secundário.

Vida mais rica: Com a contemplação, alcançam-se todos os bens. “Com ela me vieram todos os bens” (Sab 7, 2). “Ela escolheu a melhor parte, que lhe não será tirada” (Lc 10, 42).

Vida mais suave: Quem participa verdadeiramente da vida da Igreja abandona-se à vontade de Deus, aceitando, com paciência, tanto as coisas agradáveis como as penosas, mostrando-se alegre, mesmo nas aflições.

Pode-se aplicar as palavras de São Bernardo à vida de Igreja: “nela, o homem vive com mais pureza, cai mais raramente, levanta-se mais depressa, anda com mais cautela, é consolado pelo Céu com mais frequência, descansa com mais segurança, morre com mais confiança, é purificado mais depressa, e é premiado com mais abundância”.

Qual o caminho necessário a seguir para que haja uma autêntica vida de Igreja? É necessário empreender o caminho da oração, feita com fé e fervor. É através da oração que obtemos as graças do céu, falamos com Deus e escutamos aquilo que nos fala. Sobretudo, é necessário possuir e vivenciar uma terna devoção à Maria Santíssima. É ela a grande defensora dos jovens, convidando: aquele que seja pequeno, que venha a mim. É ela que ajuda os jovens a ficar longe dos pecados e próximos da virtude.

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