9 de agosto de 2012

Imitai os vossos mestres...

Por: Bruno Raphael da Cunha Dobicz - Graduando em Filosofia (PUCPR) - 2º Ano

1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PENSAMENTO DE SÃO BOAVENTURA


Intitulado como “Doctor Seraphicus”, São Boaventura figura entre os grandes filósofos da Idade Média, cujo pensamento representa importante pilar para a filosofia ocidental. A vitalidade e consistência de sua obra influenciaram os debates em torno das problemáticas medievais e continua a influenciar, mesmo que indiretamente, as considerações filosófico-teológicas contemporâneas.
Sua obra é vasta e tem como guia a doutrina franciscana, a qual é vinculado como sétimo sucessor de São Francisco na direção da Ordem. Não abandona os princípios a que se subordina, mas são estes que o orientam, utilizando-os para a formulação de questões que abrangem tanto a filosofia como a teologia, cujo fim é estabelecer um contrapeso à tendência intelectual e religiosa de sua época.
A totalidade de seu pensamento, em síntese, perpassa a ascensão do homem até a contemplação beatífica de Deus, mediante o conhecimento filosófico vinculado ao teológico, tendo como caminho um movimento de especulação que parte “do espelho da natureza, de onde se contempla o poder de Deus, sua sabedoria e sua bondade” (BOUGEROL, 1984, p. 252), sendo que “este movimento se faz de três modos: considerando as coisas em si mesmas através de uma reflexão racional, vendo-as com os olhos da fé e descobrindo, pela especulação, a Deus presente no seio de todas as coisas” (BOUGEROL, 1984, p. 252-253).
Portanto, Boaventura estabelece um caminho para se chegar a Deus, cujo percurso, necessariamente, passa pela ciência filosófica e pelo ato de fé teológico, representado nas seis asas do Serafim ou figurado na escalada dos degraus que conduzem à Sabedoria. Estabelece, assim, que a filosofia é um caminho para as outras ciências, ou melhor, um prólogo e instrumento para tal (REALE; ANTISERI, 1990, p. 579). Quanto à teologia, todos os conhecimentos a ela conduzem. Nas palavras de insigne filósofo, “quando a inteligência considera o mundo com os olhos da fé, descobre-lhe então a origem, o curso e o termo. Com efeito, a fé nos revela que o mundo teve uma origem pelo Verbo da vida” (BOAVENTURA, 1999, p. 301).

2 RELAÇÃO ENTRE AS CIÊNCIAS FILOSÓFICA E TEOLÓGICA

O pensamento desenvolvido por São Boaventura engloba dois aspectos importantes, realçando a posição medieval de buscar, através do conhecimento e da especulação filosófica o sentido da existência humana, do cosmos e da realidade natural, cujo sentido é encontrado, em instância última, em Deus.
Deste modo, o desenvolvimento intelectual na Idade Média considerou primordialmente os estudos de filosofia e teologia, sendo que os autores deste período depositaram maior relevância na primeira ou na segunda, ou em ambas, como caminho para a explicação das problemáticas e compreensão do sentido da existência, radicado na Sapiência Trinitária.
São Boaventura, inserido no cenário histórico do século XIII e integrante da Ordem Franciscana, busca utilizar a fé como elemento primordial e irrevogável para se chegar ao conhecimento da Verdade. Conjuntamente à Ordem Franciscana destaca-se a Ordem Dominicana, consideradas as principais propagadoras das ciências e do conhecimento de sua época.
Contudo, segundo São Boaventura “os pregadores (dominicanos) se entregam principalmente a especulação, dela que tem recebido seu nome, e depois à devoção; os menores (franciscanos) se entregam principalmente a devoção e depois à especulação” (BRÉHIER, 1988, p. 521). Assim, se percebe e compreende as linhas mestras que guiam toda a sua doutrina, pois buscava “conciliar o ensino doutrinal e racional com a livre espiritualidade franciscana ou, melhor ainda, fazer da doutrina um elemento inseparável dessa iluminação interior em que consiste a vida espiritual” (BRÉHIER, 1988, p. 522).
Sua doutrina visou, em primeiro lugar, contrapor as posições filosóficas que se fortaleciam no momento histórico em que viveu, devido a entrada dos escritos gregos e árabes no Ocidente (BOAVENTURA, 1999, p. 46). Estes, na visão de Boaventura, representavam um perigo:

“[...] o da diluição do pensamento e da vida cristã no caudal das águas aristotélicas. Agostinho, há quase um milênio, havia elaborado uma síntese grandiosa, em que ciência e a vida centralizavam-se na caridade. Boaventura percebia, em seu tempo, que essa unidade encontrava-se ameaçada, e dessa percepção e da preocupação com ela provém o engajamento, e mesmo o caráter polêmico de seus escritos” (BOAVENTURA, 1999, p. 46).

Na tradição platônico-agostiniana, Boaventura desenvolveu o problema das relações entre filosofia e teologia, entre razão e fé. Segundo Giovanni Reale e Dario Antiseri:

“A filosofia de inspiração aristotélica não era capaz de sustentar o esforço de Boaventura para ligar estreitamente os componentes filosóficos com os teológicos, o elemento revelado com o racional. Ele buscava uma filosofia que alimentasse a sua religiosidade, o seu abraço constante com a teologia e o seu misticismo, aquele calor afetivo para o qual cada passo é, ao mesmo tempo, um ato de inteligência e um ato de amor” (REALE; ANTISERI, 1990, p. 579).

Assim, sustenta Boaventura, como resposta aos problemas de sua época, que não se pode fazer filosofia como os pagãos fizeram, “isto é, abstraindo da encarnação e da redenção de Cristo”, pois “a filosofia é um primeiro passo, mas dela passa-se à teologia e desta à ciência gratuita, para chegar-se enfim à ‘ciência gloriosa’” (BOAVENTURA, 1999, p. 47).
Além disso, compreende-se que “no sistema de São Boaventura a filosofia só pode ter uma finalidade: a de conduzir o homem para Deus. O que só lhe é possível sob a condição de subordinar-se conscientemente à teologia e de deixar-se guiar por ela” (BOEHNER; GILSON, 2007, p. 424).
Contudo, não nega o valor da filosofia. Segundo ele, a filosofia, sujeitando-se à fé, é como uma luz, que orienta o homem ao caminho certo e “vem a ser um degrau no retorno do homem para Deus [...], de sorte que a filosofia não deve ser mais que um ponto de transição” (BOEHNER; GILSON, 2007, p. 426). Portanto, é possível perceber o valor dado ao saber filosófico, conquanto seja co-desenvolvido ao teológico e a ele subordinado; assume, em suma, o papel de condutor do homem à Verdade, mas cabe à teologia levar o homem à contemplação, ao repouso e à paz. De acordo com o santo filósofo “a verdade filosófica nada mais é que o conhecimento certo da verdade enquanto perscrutável, e a ciência teológica é a noção santa da verdade, enquanto crível” (BOAVENTURA, 1999, p. 47).
Pode-se acrescentar que:

“De efeito, a própria fé inclui um elemento que nos concita à especulação, a saber: o amor. Pois a segurança com que o crente adere à verdade baseia-se no ato de fé emitido por amor: nele participam o coração e todo o homem interior. Ora, é precisamente esta caridade que instiga a razão. Pois aquele que crê por amor deseja abraçar com todas as forças da alma o objeto de sua fé, e penetrá-lo com a razão. [...] E assim a filosofia nasce de uma exigência do coração, que aspira a uma compreensão aprofundada do objeto da fé” (BOEHNER; GILSON, 2007, p. 425).

É precisamente em “Redução das ciências à Teologia” que São Boaventura exprime de modo mais direto o seu pensamento de importância dada à teologia. Nesta obra fica evidente que todos os caminhos do saber conduzem unicamente à Verdade – por meio da teologia, sendo que as demais ciências a esta se reduzem. A filosofia, por sua vez, é considerada uma luz interior, cuja explicação pode ser dada por São Tiago: “Toda a dádiva preciosa e todo dom perfeito vem de cima, descendo do Pai das luzes” (Tg 1, 7). Ou seja, é de Deus, por meio da graça iluminativa, que provém a capacidade de participação na Verdade e de conhecer.
Devido ao fato de o homem ser acometido pela limitação provinda do pecado original, tem necessidade da teologia para poder compreender os mistérios inefáveis da Trindade. “Daí a necessidade da Teologia, ou Sagrada Escritura, que é a luz superior, graças à qual o homem é introduzido na verdade da fé (a eternidade e encarnação do Verbo), na dos costumes (a retidão de vida) e na da finalidade (a união do homem à divindade)” (BOAVENTURA, 1999, p. 43).
Em síntese, São Boaventura exprime que todo conhecimento filosófico deve ser alcançado mediante o auxílio da graça divina, segundo a teoria da Iluminação de Agostinho – expressa implicitamente no “Itinerário da mente para Deus” – e, para esta graça, provinda de uma única Fonte – a Verdade – conduzir o homem. A filosofia, unida à fé, por meio do conhecimento teológico, é um caminho que conduz a Deus. Ademais, “esta fé é inabalável e produz uma convicção mais profunda do que qualquer outro conhecimento terreno. Por isso a fé é o ponto de partida para todo conhecimento, inclusive para o conhecimento filosófico” (BOEHNER; GILSON, 2007, p. 425).

3 O ITINERÁRIO PARA A MENTE DE DEUS

No “Itinerário para a mente de Deus”, sua obra mais célebre, São Boaventura descreve o percurso pelo qual aquele que deseja chegar à contemplação e à plenitude deve percorrer, ou seja, a via de se chegar a Deus. É um meio, pode-se dizer, de esforços da vida intelectiva com a contemplativa, cujos frutos vêm sob forma da vida unitiva com Deus.
Em sua doutrina é clara a necessidade de se conhecer à luz da fé. Contudo, também a teologia é considera apenas um “degrau” quando avaliada a união da alma com Deus, pois não deixa de ser uma ciência desenvolvida pela razão humana, mesmo que iluminada pela graça divina. Desta forma, também é passageira, como tudo aquilo que não é eterno e imortal, cujos adjetivos radicam somente em Deus. Assim, afirma-se que:

“O fim último de todo o conhecimento não se encontra, porém, na Teologia; enquanto saber racional, ela também possui caráter transitório. Também a Teologia está condenada a desaparecer, quando o mundo e o homem forem assim como devem ser. A finalidade última da atividade de toda a vida humana é a união com Deus, através do amor. [...] A razão conduz até às portas da mística, e aí silencia, dando luz à graça. Penetrar nos umbrais desde último estágio, da contemplação e do êxtase, não é mais obra ao alcance das forças humanas. Para tanto ‘é preciso conceder pouco à linguagem exterior e muitíssimo à alegria interior; pouco à palavra e tudo ao dom de Deus, que é o Espírito Santo’” (BOAVENTURA, 1999, p. 51).

Portanto, para se chegar ao seio de Deus, Boaventura estabelece um caminho composto por degraus, cujo fim é cumprir a função de elevação da alma ao repouso nos braços do Pai. Elege, para isso, o despojamento completo e abandono em Deus que, mediante a “iluminação dos olhos”, dirige os passos do homem no caminho da paz que ultrapassa todo o sentimento, como se pode ler no prólogo do “Itinerário”.
A elevação da alma é demonstrada figurativamente sob a figura de um serafim com seis asas, as quais simbolizam as seis elevações ou iluminações progressivas que a alma passa, buscando alcançar a paz através da sabedoria. “Tal sabedoria pertence verdadeiramente ao estado místico; começa em conhecimento e acaba em afeição, não havendo limite para a sua intensidade” (BOEHNER, 1956, p. 129).
Segundo São Boaventura, os seis degraus correspondem as seis potências da alma, “pelas quais ascendemos das coisas inferiores às superiores, das exteriores às interiores, das temporais às eternas. São elas: os sentidos, a imaginação, a razão, o entendimento, a inteligência e o ápice da mente, ou a centelha da sindérese (a consciência)” (BOAVENTURA, 1999, p. 298-299).
A subida tem como ponto de partida, nas palavras de Boaventura, o mundo sensível que conduz até Deus, cujo acesso é feito por meio de Jesus Cristo. Neste ponto, “a ascensão até a paz do êxtase só é possível de ser alcançada passando por Cristo crucificado. [...] Neste caminho até Deus há que começar pelo objeto mais acessível, o mundo sensível, que é vestígio de Deus” (BOUGEROL, 1984, p. 251).
O mundo sensível – as criaturas – remete o homem à contemplação da perfeição de Deus, de sua onipotência e onisciência, levando-o a compreender a origem das coisas como obra da divina bondade; a multiplicidade das coisas e a múltipla atividade das criaturas demonstram o poder e a sabedoria de Deus; e, por fim, a ordem mostra que o Criador é soberanamente sapiente e bom.
A contemplação de Deus através dos vestígios de sua obra ocorre de dois modos, que compõem os dois primeiros degraus da escada. Para Boaventura, pode-se considerar Deus de dois modos: “ou elevando-nos a ele por meio dos seres que compõem o universo e que são como que vestígios do Criador, ou contemplando-o existente nos mesmos seres pela sua essência, pela sua potência e pela sua presença” (BOAVENTURA, 1990, p. 305).
Assim:

“É possível vislumbrar, por meio do vestígio, o mistério da Santíssima Trindade. Quando Boaventura fala da contemplação de Deus ‘fora de nós pelos’ e ‘nos’ vestígios, refere-se então à subida progressiva da alma a Deus, por meio das criaturas materiais. Considerar a Deus ‘pelos’ seus vestígios significa contemplá-lo por meio das criaturas, onde reluzem as perfeições divinas. Considerar a Deus ‘nos’ seus vestígios equivale a contemplá-lo, não já no mundo, exterior a nós – onde Deus está latente – mas no mundo que, na sua semelhança intencional, entrou dentro de nós pela porta dos sentidos”.

Progredindo na ascensão, o homem avança mais dois degraus – o terceiro e o quarto – nos quais se interioriza no conhecimento e intimidade com Deus através da contemplação divina por meio de sua imagem impressa nas potências da alma e na sua imagem. Ou seja, o homem abandona as criaturas e as coisas exteriores, e procura a Deus em si, em sua alma.
Em um primeiro momento, a contemplação do primeiro Princípio ocorre passando pela alma; em um segundo ocorre na alma. No primeiro, a alma é ajuda pela filosofia graças à iluminação divina, alcançando o conhecimento da Santíssima Trindade. No segundo, a alma é preferencialmente ajudada pela Sagrada Escritura – teologia – que tem por objeto as obras da salvação e as virtudes teologais, a saber: fé, esperança e caridade.
Compreende-se, portanto, que “por nossa alma chegamos a Deus, de quem ela é imagem e de quem recebe a luz das razões eternas; em nossa alma descobrimos a ação pessoal de Deus recriando nosso ser sobrenatural, e inaugurando assim uma nova relação conosco em uma presença de graça” (BOUGEROL, 1984, p. 252).
A jornada continua a se desenvolver nos degraus seguintes – quinto e sexto – os quais permitem uma experiência contemplativa reservada somente a quem passou pelos vestígios e pela visão de Deus em sua alma. Assim, as asas do serafim se estendem a voar, a alcançar o mais alto vôo na visão beatífica do Sumo Bem.
Estes dois últimos degraus representam a contemplação de Deus sob dois aspectos: o primeiro fixa o nosso olhar principalmente sobre o Ser mesmo, declarando que o primeiro nome de Deus é “Aquele que é” [Ex 3, 14]. No segundo, nosso espírito considera o Bem em sim mesmo, dizendo que também o Bem é o primeiro nome de Deus (BOAVENTURA, 1999, p. 331).
Na compreensão do ser – o conceito que se adquire por meio da filosofia – é possível ascender até a compreensão do Ser absoluto, cuja perfeição reside em si mesmo e dele emanam todas as coisas. Quanto ao Bem, é este o fundamento que designa todos os atributos do Ser. Diz São Boaventura que “assim como o Ser é o princípio radical de todos os atributos essenciais de Deus e seu nome nos conduz ao conhecimento dos demais, assim o Bem é o principalíssimo fundamento sobre o qual devemos apoiar-nos para contemplar as processões” (BOAVENTURA, 1999, p. 338). Em suma, a ideia de Bem é a ideia do Ser que se difunde fora de si mesmo e se dá, nos elevando até a contemplação da Trindade, cuja fecundidade é a expressão última. A admiração capta o pensamento à medida que penetra mais profundamente no mistério do Ser absolutamente simples e subsistente em si mesmo, do Deus de fecundidade inesgotável (BOUGEROL, 1984, p. 253).
Por fim, o homem chega ao conhecimento pleno de Deus após percorrer todos os seis degraus ou elevações. Ali, no cume da Sabedoria, contempla a Deus face a face, cuja experiência é transcendida além dos sentidos ou das expressões. Resta-lhe a expressão serena do Amor, que é Jesus Cristo crucificado. Junta-se a Filipe para dizer: “isto me basta”, pois ali repousa em paz.
Percorrido o itinerário e passado das portas do cenáculo até aos pés do tabernáculo, juntamo-nos ao “Doutor Seraphicus” para dizer, a guisa de conclusão:

“Temos contemplado a Deus fora de nós – por meio de seus vestígios –, dentro de nós – pela semelhança de sua divina luz refletindo-se sobre nossa alma, mas também na mesma luz, na medida em que foi possível à nossa condição de peregrinos e ao exercício de nosso espírito. Finalmente, no sexto degrau, chegamos a considerar no primeiro sumo Princípio, isto é, em Jesus Cristo [...] maravilhas que não se podem encontrar semelhantes na criação e que superam a penetração de toda inteligência humana. Agora resta à nossa alma transcender e passar, pela consideração dessas coisas, não apenas além deste mundo sensível, mas também além de si própria” (BOAVENTURA, 1999, p. 345).



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ATISERI, Dario; REALE, Giovanni. História da Filosofia. Antiguidade e Idade Média. 1. v. São Paulo: Paulus, 1990.

BAGNOREGIO, Boaventura de. Escritos filosófico-teológicos. Tradução de Luis Alberto De Boni; Jerônimo Jerkovic. Porto Alegre: Edipucrs, 1999.

BOEHNER, Philotheus; GILSON, Etienne. História da Filosofia Cristã. 10 ed. Petrópolis: Vozes, 2007.

BOUGEROL, Jacques Guy. Introduccion a San Buenaventura. Madri: Biblioteca de Autores Cristianos, 1984.

BRÉHIER, Emile. Historia de la Filosofia. Desde la Antiguedad hasta El siglo XVII. 1. v. Madri: Editorial Tecnos, 1988.

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