
Como escolhidos para a construção do Reino dos Céus, é o sacerdote o amigo de Deus, pois descobre na intimidade do coração do Salvador o maior de todos os tesouros. Representa Cristo na Terra, trazendo-o, por suas mãos, aos nossos altares e, simultaneamente, intercede por nós e comunica-nos as incomensuráveis graças do céu.
Ah! como é sublime a vida e a missão do sacerdote! É um dom incompreensível! É uma dádiva que cativa-nos, emociona-nos e convida-nos a consagrar também nossas vidas a Deus, à semelhança de tantos santos sacerdotes que doam suas vidas por causa do Amor.
Sobretudo, caríssimo padre, é o vosso testemunho e o vosso exemplo que leva-nos a querer, como vós, dizer sim ao projeto de Deus. Como vós, compreendemos que o sacerdote oferece a Deus o que possui de mais valioso: a sua própria vida; e Deus oferece ao mundo, por meio do sacerdote, o que possui de mais valioso: a vida de seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo. Ainda, compreendemos como São João Maria Vianney, que Deus teria nos dado algo maior, se houvesse algo maior que Ele próprio. Porém, não havendo nada maior que Si mesmo, se doa aos homens pelas mãos do sacerdote. Que grandiosíssimo presente que nos é oferecido através de vossas mãos, pois é o sacerdote que realiza, todos os dias, o maior milagre da Igreja!
O sacerdote nunca está sozinho. Na proporção em que fortalece, é fortalecido; sendo guia, é guiado; doando, recebe; perdendo, ganha.
Ademais, muito se diz sobre a vocação sacerdotal e, com absoluta certeza, muito mais há a se dizer. Contudo, podemos nos amparar nas palavras de São Francisco de Sales, acerca da voz suave do Bom Pastor que chama:
“Aquele que pela manhã, tendo escutado atento longamente entre os arvoredos vizinhos um canto agradável de grande quantidade de canários, pintarroxos, pintassilgos e outros desses passarinhos, ouvisse enfim um mestre rouxinol que em perfeita melodia enchesse o ar e o ouvido com sua admirável voz, sem dúvida preferiria só este cantor silvestre a todo o bando dos outros. Assim, depois de ouvir todos os louvores que tantas criaturas diferentes, à porfia umas das outras, tributam unanimemente ao seu Criador, quando enfim se escuta o louvor do Salvador acha-se nele uma infinidade de mérito, de valor, de suavidade que excede toda esperança e expectativa do coração; e a alma então, como que despertada de profundo sono, fica de repente enlevada pelo extremo da doçura de tal melodia.
Oh! ouço-a, é a voz de meu bem-amado, voz rainha de todas as vozes, voz ao pé da qual as outras vozes não passam de mudo e triste silêncio...”
Caríssimo padre, o sacerdote é aquele que ouve e compreende a voz suave deste doce Rouxinol, Jesus Cristo. Ouvindo-a, deixa tudo para somente preferi-la e anunciá-la a todas as criaturas.
Agradecemo-vos, como filhos espirituais, por toda a dedicação, amor, carinho e amizade que nos dedicais todos os dias. Como filhos e quase sem palavras para expressar tão profundo sentimento, desejamos dizer obrigado! Que Deus vos ilumine e abençoe; a Santíssima Virgem Maria vos guarde; e São José, patrono de toda a Igreja, vos acompanhe por todos os vossos caminhos. Que assim seja!
Comunidade de Formação São José, na memória de São João Maria Vianney.
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